A Healthcare Information Medical Systems Society (HIMSS) é uma associação internacional, cujo principal objetivo é despertar e incentivar o uso de TI, no setor da saúde.
O HIMSS Analytics EMRAM é, portanto, uma referência na avaliação dos progressos e no processo eletrónico do paciente. A partir de uma metodologia e algoritmos, este modelo caracteriza e avalia os hospitais em relação às suas capacidades de EMR (eletronic medical record).
Esta avaliação está assente na adoção progressiva e evolutiva de tecnologias de informação (estágios). A partir de diferentes níveis de estágios – 0 a 7 – é feita uma avaliação, tendo em conta requisitos específicos que a instituição de saúde cumpre.
Por exemplo, a classificação “estágio 0” classifica um hospital como sendo uma instituição de saúde que não detém nenhum sistema ou tecnologia que suporte a prestação de serviços clínicos ao paciente. Não obstante, o “estágio 7” indica que determinado hospital é altamente tecnológico e que, regra geral, todos os seus processos estão assentes em sistemas e tecnologias, que sustêm e assistem os cuidados prestados aos pacientes.
Abaixo são descritos os estágios e os respetivos requisitos que são exigidos para os hospitais:
Estágio 0– as instituições de saúde não detêm os três principais sistemas de serviços auxiliares (laboratório, farmácia e radiologia);
Estágio 1– os três principais sistemas de serviços auxiliares estão instalados (laboratório, farmácia e radiologia);
Estágio 2– os principais sistemas clínicos auxiliares alimentam os dados para um repositório de dados clínicos (CDR), que fornece acesso médico para a revisão de todos os pedidos e resultados. O CDR contém um vocabulário médico controlado e um mecanismo de apoio/regras de decisão clínica (CDS). Nesta fase, as informações provenientes de sistemas de imagens podem estar ligadas ao CDR. Nesta fase, também é necessário que o hospital seja capaz de partilhar de informações (HIE), existente no CDR, com outras partes interessadas, no cuidado do paciente.
Estágio 3– a documentação clínica de enfermagem é necessária e, nesta fase, esta informação tem de estar integrada com, pelo menos, um serviço de internamento hospitalar. O aplicativo eMar (eletronic medication administration record) é implementado. Este é o primeiro nível de suporte à decisão clínica e tem como objetivo a averiguação de possíveis erros. Nesta fase, o acesso às imagens médicas, a partir de sistemas de arquivo e comunicação de imagens (PACS) está disponível, fora do departamento de radiologia, através da intranet da organização.
Estágio 4– Entrada da prescrição eletrónica (CPOE), para utilizadores licenciados, juntamente com o segundo nível de suporte à decisão clínica, relacionado com os protocolos de medicina, baseado em evidências. Se uma área de serviço de internamento, tem implementado o CPOE e complementou os estágios anteriores, então, este estágio foi alcançado.
Estágio 5– Nesta fase é requerido um conjunto completo de sistemas PACS que forneça imagens médicas, através de uma intranet e que transfira todas as imagens em filme. A Cardiologia PACS e documentos de imagens são avaliados com pontos extra.
Estágio 6– A utilização de documentação médica (templates) é implementada em, pelo menos, uma área de internamento. O nível três de suporte à decisão clínica fornece orientação para todas as atividades clínicas relacionadas com protocolos e resultados. O circuito fechado do medicamento, com recurso a codificação (código de barras) é implementado, na sua totalidade. A eMar e a codificação por código de barras, ou outra tecnologia de identificação automática, são integrados com o CPOE e com a farmácia hospitalar, com o objetivo de maximizar os processos de segurança do paciente, aquando da administração de medicação. Os “cinco certos” da administração de medicação são verificados, à cabeceira do paciente, com recurso à leitura de código de barras.Estágio 7– O hospital já não recorre a documentos em papel e tem um conjunto de dados discretos e imagens médicas no EMR. O armazenamento de dados permite analisar padrões de dados clínicos (analytics), por forma a melhorar a qualidade dos cuidados, a segurança e a eficiência da prestação dos cuidados clínicos. As informações clínicas podem ser partilhadas, facilmente, a partir do CCD, com todas as entidades autorizadas a prestar serviços ao paciente ou, também, para troca de informações médicas (por exemplo, outros hospitais não associados, clínicas, etc.).